A posição da casa em um pico gera distintas relações com seu entorno mais próximo. De um lado, a copa das arvores está à altura de uma varanda, e do outro, os ramos entrelaçados atua como um filtro, através do qual se vê a sala de estar. A cobertura de basalto emoldura e sublinha em preto as vistas que proporcionam distintas percepções de profundidade, oferecendo um leque de visuais ao habitante.
A localização da habitação aumenta a percepção da mudança das estações. O bosque atua como uma tela ou um obturador filtrando mais ou menos luz através do ano. Serve como cortina fechada no verão, ou aberta no inverno, quando as folhas caíram. Portanto, a casa interage, não só com a paisagem, mas também, comas mudanças da natureza.
Algumas vezes, a inclinação da cobertura aponta para o horizonte, a fim de fundir o sklyline do edifício com as montanhas ao fundo. Outras, o beiral ondulado delimita o pátio da casa.
A sequência de paredes deslocadas entre si potencializa relações diagonais entre os espaços. A prolongação destas e das lajes permite projetar o espaço interior ao exterior, ao mesmo tempo em que capturam a paisagem emoldurada, criando linhas que vinculam o edifício ao terreno. E assim, o projeto apropria-se do espaço exterior.
Informação Complementar:
- Estrutura: Begoña Cazorla
- Colaboradores: Jordi Queralt + Marc Nadal
- Clientes: Michael+Natàlia
- Orçamento: 720.000 €